sexta-feira, 25 de abril de 2014

SEU

Seu seduzente silêncio
de olhar de canto
como quem diz tudo
no calar dos sons.

Sua franja pueril
de menina mulher
assim como se quer
deitar os sonhos.

Seu espontâneo pensar
que vira do avesso
qualquer recomeço
que possa voltar.

Ela tem. As coisas.
Eu. Ela tem.
Ela tem. O jeito.
Eu. Ela tem.
Ela tem. O eu.
Eu. Ela tem.



sexta-feira, 18 de abril de 2014

A mente cansa.
O corpo cansa.
A alma fere.

Diga, por favor.
Fale.
Verborrage.
Mas não cale seu silêncio
pra dizer conflitos
de gestos e falas sem sentido.

A mente cansa.
O corpo cansa.
A alma fere.

Confie, por favor.
Creia.
Mergulhe.
Lance mão de vestígios outros
pra ficar de pé
com foco e força na base.

Vá poetizar a vida menina!
Ela só dura o tempo do verso
e ele termina na estrofe.