Enquanto fecho os olhos
correm as sombras por entre frestas.
O sabor do ócio, o viço da pele,
o encontro de um não saber
me faz perceber o quão pequeno
estou e sou diante do mundo.
Me perdi na distração de pequenos gestos
nas falhas e nos excessos.
É quando boto o pé no chão.
É quando enxergo que de fato não há razão.
Enquanto o silêncio restaura
escorrem lágrimas de um fracasso.
O pedir da mente, o brilho ausente,
os segredos que guardei pra te proteger
me instrui, orienta e substitui
me difere, me faz latente.
É quando boto o pé no chão.
É quando enxergo que de fato não há razão.