domingo, 24 de novembro de 2013

SEM QUESTÕES

Sem resposta,
com perguntas,
cem questões.

Feito vontade,
escolhi a intensidade
da forma como está,
do tamanho que é.

Não me interessa,
neste momento,
mudar o curso.

Apenas o trajeto
que introjeto
na sede de estar.

Não ultrapasse.
Não force.
Faço as minhas regras.


"Coisas que dizemos nas entrelinhas."

sábado, 23 de novembro de 2013

AINDA NÃO TEM

Nunca acerto a porta,
está sempre ocupado.
Quando desocupa
não quero entrar.

Metade do dobro
dentro do igual
desconcertante.
Dilema de vida.

Miro o céu no chão.
Vou, não indo.
Desejo, sem querer.
E vice-versa.

Aguardando a conexão
que permitirá assistir
o tempo em fullHD live stream.
ou simplesmente,
o encontro do verso que
completará todas as minhas rimas.

Tem, mais ainda não tem.
Não, obrigado. Disponha.
Bem vindo.



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

DESCULPAS

Devora-me, a memória e o tempo.
Vou colecionando dissabores
do relógio outro.
Me afeto pela imprecisão dos atos.

Quisera a constância da vida
na certeza de sempre estar presente,
mas vago no limbo frustração,
onde vez ou outra protagonizo dias gris.

Não pude, não deu, me esqueci.
Estava atento demais ao instante,
pena ele ser traiçoeiro e fugaz.
Não pude, não deu, me sucumbi.
Estava ocupado laçando segundos,
porém, segundos são indomáveis.
Desculpas, apenas.




sexta-feira, 25 de outubro de 2013

SEREIA

Me acostumei ao que não tenho.
Imaginei coisas que não vivi...
Me resta vontade de enviar aquela prosa,
o papo de vento que voa,
o suspiro que invade e ressoa.

Me aprofundei ao que era raso.
Deduzi respostas que não tive...
Me sobra vontade de gritar-te no meio do corredor,
todo o verbo na minha oração,
a palavra resumo à condição.

Eu pude de vários meios ser o tentar
e assim o fiz na querência, no flamejar.
Mas onda que só vai, não garante o fluxo,
não beija a areia, não brisa o ar.
E não me resta outra alternativa
senão ser a doce tentativa
de ser o seu mar.
Mesmo que navegue a ermo,
mesmo que morra na praia.

Fixa um cais, casa minha onda.




domingo, 20 de outubro de 2013

TUDO E TODO O RESTO

O que anda perdendo
enquanto os passos tomam posse
dos segundos lançados.

O que anda sentindo
enquanto não vê a banda passar
iluminando corações.

O que anda imaginando
enquanto flores e espinhos
desabrocham na primavera.

Tudo e todo o resto
passa, enquanto passa.
Tudo e todo o resto
vive, enquanto morre.
Tudo e todo resto.




segunda-feira, 14 de outubro de 2013

TODAVIA, SE POSSÍVEL

Da banalidade do tempo,
só se fala em não se falar.
Só se sabe do que se precisa.
O puro latente desejo da carne.

A esquina que rouba o suor do ofício,
a prática de vida vazia e vício...
Clamam-se flores e amores de outrora
mas agora, não há tempo querida.

O asfalto guarda solo do verso,
a rotina automatiza as relações,
o mundo torto ficou reto
e poesia precisa abrir campo pra concreto.
O sentimento virou cimento
e o amor virou pó! Raro pó.
Todavia, se possível,
deixe um rastro de alegria
pra que o mundo tenha combustível
e faça sentido.



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

É ISSO

Eu fico que não sei...
Meio no meio.
Como que de repente,
despenca um ser na minha mente.
Fixa morada, faz os meus dias.
Desconstrói, amassa, corrói.
Com meus pensamentos em posse,
desatina meu tino.
Aflora minha'alma.
E o que é não sei.
E porque é também desconheço.
Só sei que acalma e traz paz,
e provoca um aiai de meu Deus,
um trovão de Zeus,
uma porção de sentidos
por gota ou escala, vêm!
Só por vir, vêm!
Delicado e forte,
intenso e suave.
No mais,
é isso.




'Sdois'

sábado, 28 de setembro de 2013

PARALELEPÍPEDOS

Uns poucos mesmos,
uns tantos prantos,
O de ontem, o de antes
e o de sempre.

Nada para relatar
ou constatar diferente,
apenas o indecente ruir
que me faz pedir, basta!

Cansei da correnteza
que leva para o mesmo lugar.
Cansei de frases sem sentido
na rua a vagar.
Cansei do perigo existencial
de noites mal seladas.
Confere ai. Confirma pra mim.
Cansei das pedras...
cansei das pedras, paralelepípedos...
Cansei das pedras!

Confie na dúvida
ela certamente é factual.




segunda-feira, 23 de setembro de 2013

RIMA QUE BROTA

Das novidades,
só as velhas vontades e dúvidas.
Os trechos de livros que não li,
os filmes e noites que perdi.

Tudo cheio de vazio
na correnteza do rio,
sendo feita dor e corte
história e vida.

Aceito o fardo, abraço leve.
Sorriso farto de quem é breve.

Não posso esperar
só quero o recheio
a parte do meio.
Do canto à berada.
A hora do recreio.
Flertar no caminho
a luz que imana
o acorde à nota
a rima que brota.

Das criaturas,
só as mesmas loucuras e mentes.
Entendendo as razões da jornada,
curando os desvios da estrada.

Mais um dia de harmonia.
Um dia a menos de dor,
mais uma noite de cor,
brindando merecida alegria



Parceria com João Tostes



sábado, 21 de setembro de 2013

DUVIDA

A dúvida.
O receio.
A Expectativa.
O sofrimento.
A vontade.
O desejo.
A paixão.
O olhar.
A razão.
O sorriso.
A necessidade.
O beijo.
A dúvida.




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ESTIVE APENAS

Fico querendo desvendar,
esperando descobrir,
qualquer pista ou indício
que explique esse meu vício
nesse nosso construir.

Estive apenas aguardando,
e sempre a procurar.

Por sobre fatos de rotina,
das idas e partidas,
qualquer coisa assim
que desperte o eu em mim
de querer beijar a vida.

Estive apenas sentindo,
e sempre a conspirar.

Penso no tino que ganho,
imaginando a poesia presente,
qualquer verso inverso,
ou sonho louco disperso
que revele você.

Estive apenas por aqui,
contando o tempo.








quarta-feira, 11 de setembro de 2013

APAIXONADO

Apaixonado pela vibe da vida,
pela menina do blues,
e talvez por nada.

Vou deixando o barco, no sentido correr.
Para que siga leve, voando por cima
e sem perceber.

Errar, quem nunca?
Recear, quem sempre?

Vou compondo as possibilidades
dentro dos desejos coletivos,
pra que a alma alimente o ser.

Complicando, incompreendendo,
errado, coeso, teimoso e vivo.

Dentro do que defini.
Fora do que perdi.
Além dos versos de outro dia,

apaixonado pela vibe da vida,
pela menina do blues,
e talvez por nada.




terça-feira, 10 de setembro de 2013

S2

Bastava uma porção de resposta.
Um olhar que confirme, ou
um gatilho na porta,
disparando todas as certezas.

Sobre as histórias que ainda não sei
gostaria de antecipar uns capítulos.
Desenrolar os desfechos,
abrir as possibilidades.

Na caixa de mensagens,
restava apenas abreviados sorrisos
num discurso particular.
E eu esperando um S2.
Frases soltas, possíveis deixas,
uma talvez real intenção de quem sabe
num aguarde o tempo.
E eu esperando um S2.
Por partes que desconheço,
ainda não posso afirmar minhas leituras
sobre os seus pensamentos e reflexões.
Portanto...





segunda-feira, 9 de setembro de 2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

TROCAS

Conto de encontro,
de quando em vez,
de tempo em prosa.
de vida em vento.

Lastro de rima,
de sempre em hora,
de vontade em ir,
de prosseguir.

Assunto que brota,
de sino que toca,
de ligeiro ponteiro,
de espera que espera.

Estágio da vida,
que aguarda o depois,
que opera no confiar,
que deseja.




domingo, 25 de agosto de 2013

FEITO DE

Feito de cidade e sol,
da luz que irradia o realizar,
da sombra que levanta o hesitar.

De histórias perdidas.
De sonho encantado.
De caixa vazia.
De conto iluminado.

Feito de tudo e nada,
da mentira que alimenta.
da verdade que maltrata.

De gostos e vontades
De sorriso e sinfonia
De trova e verso.
De tristeza e alegria.

Feito do que transcende,
de energia e vida,
de memória e morte.




sábado, 24 de agosto de 2013

SOBRE AGORA

Eu curtia a independência
de não seguir ninguém.
Eu achava prático
apenas seguir o fluxo.
Até descobrir que o vivido
esteve falecido enquanto julguei
suficiente os meus passos.
Ingênuo, eu fui.
Eu fui no limite.
E no limiar, me perdi.
Entre o que se entende como
natural, saudável e humano,
eu estive em outro planeta.
Alheio ao que se espera,
confiante ao que se escuta,
vulnerável ao que se define.
Errante, durante o processo
Gritante no silêncio, confesso.
Mas só um ser que no absorver.
lamenta falhas, chora enganos.
Mas só um ser que no proceder
entende falhas, sente enganos.
E o constante se desfez.
E o restante pra outra vez.



quinta-feira, 22 de agosto de 2013

PÁGINAS

Enquanto olhares se desencontram,
certezas se firmam.
Não estamos em sintonia.
Não seguimos o mesmo trilho.

Por simples e mera constatação,
nosso embarque fica em outra estação.
Não temos o que precisaria.
Não vamos pra onde pensa.

E acredite,
penso no mútuo.
É fria a solitária solidão,
mas ela preenche meus dias.

Não avanço páginas
se não pretendo virar capítulos.
Permaneço tão próximo
quanto os anéis de saturno.
Anoiteço tão dentro
quanto a chuva lá fora.
E tudo agora, é só um talvez.
Um quem sabe.




domingo, 21 de julho de 2013

ENTRE

Tanto entre o por vir e o talvez.
No florescer, cremos no possível.
No apagar, entendemos as luzes.

Tanto a deixar de ser e oferecer.
No instante, somos o agora.
No depois, apenas fomos.

Opte pelo positivo.
O Mundo já sentenciou suas causas.
A existência é o tempo,
enquanto houver.







domingo, 16 de junho de 2013

MEU PRESENTE SEMPRE AUSENTE

Às vezes sinto saudade do tempo em que o vento
simplesmente voava na terra e no rosto batia.
Por si só, viver era o bastante.
e ninguém mentia sobre os amantes.

Falar 'pum' era muito engraçado.
Te abraçava e não importava se estava suado.
Te sorria com lágrimas de algodão doce.
Te cantava sonhos pra que nunca se fosse.

Meu presente sempre ausente,
meu passarinho sabiá,
um segundo só perdido não há.
Meu tanta coisa que não cabe mais,
meu precioso tudo tanto faz,
perdia lá atrás, pequena infância,
agora tudo é maior que a esperança.
Minha querida e doce, criança.

Me esfolava inteiro mas escapava de todo mal.
Corria da sombra e não pisava em linhas.
Pra mim, bandido era o Pinguim,
dormir, tomar banho,... Era tortura pra mim!

Comer meleca era gostoso
e isso não me despertava nenhum nojo.
Catar pipa, correr, cantar e jogar bola.
Esperava todo dia que explodissem a escola

Meu presente sempre ausente,
meu passarinho sabiá,
um segundo só perdido não há.
Meu tanta coisa que não cabe mais,
meu precioso tudo tanto faz,
o sonho não acabou.
Simplesmente o que acontece
é que a gente esquece e cresce.



18/03-24/04/2008



sábado, 15 de junho de 2013

SETE

Quando de dentro sair um sorriso.
Quando de fora despertar o olhar.
Quando aflorar as razões da busca.
Quando o intenso experimentar.

Quando descobrir as loucuras presentes.
Quando alcançar os desejos latentes.
Quando for o que esperar que fosse.
Quando chegar onde pensou que era.
Quando... quando concluir,
deixe o medo ruir. Abrace a paz.

Deixa ir o consenso individual.
Deixa vir o bom senso coletivo.
De quando em vez, tente uma próxima.
Procure próximo ao seis.




"Enquanto houver sol
ainda haverá..♫"

quarta-feira, 12 de junho de 2013

FILTROS

Minha vida refletindo
nas janelas ao me ver passar.
Minha vida se esvaindo
por não me deixar entrar.

Por sobre histórias nossas
deixei o tempo caminhar.

Por sobre limites meus
deixei o tempo se encerrar.

Minha vida despertando
laços que desfiz.
Minha vida desejando
sonhos que eu nunca quis.

Minha vida esperando um final feliz.



Parceria com Bia Teixeira




quinta-feira, 6 de junho de 2013

LONGOS CURTOS

Longos dias curtos!
Encerra o tempo em cada passo.
Longos dias curtos!
É tudo pouco pro que eu faço.
Longos dias curtos!

Tudo passa enquanto passa.
Tudo passa enquanto vai.
Tudo vai enquanto passa.
Longos dias curtos!



sábado, 1 de junho de 2013

ENQUANTO A VIDA

Programados para o cálculo de nossa existência,
somos enquanto estamos.
Atentos as chegadas, saídas e partidas.
Enfeitiçados  pela cronologia
nos perdemos em nós mesmos.
A gota escorre, o laço traça, a vida corre.
E eu tão preso ao que me constituí.
Me fiz refém do que construí.
Recortes, meros recortes de gibi.
Criei, propaguei, resumi.
E talvez como no apagar,
como no acender,
simplesmente deixamos de ser.
Somos enquanto estamos.
E a gota escorre, o laço traça, a vida corre.
E a vida diz! O tempo inteiro ela diz...
Viva, enquanto a vida.





sábado, 11 de maio de 2013

POR FAVOR


Quero contar a vida.
Quero falar de nós,
da gente, do povo da praça,
da rua da calçada,... da minha vida.

Quero contar de tudo
quero falar do amor,
da frente, do gosto da marca,
da lua do espaço,... da minha vida.

Quero contar cada fresta
Quero brindar cada festa
com doses exatas de fluxo

Olhar cada lastro de um dia você, nós dois.
Quero vagar pela trilha
deixada pelo passos que um dia nela já caminhou

Me abrace agora
Me olhe nos olhos fundo
Ei você meu amigo, ei você minha flor.
Meu socialmente lado fraco.
Meu naturalmente sonhador.
Vamos cantar todos os dias,
por favor! Meu amor,
mais amor, meu amor.
Meu amor,
mais amor, meu amor.

Por favor.







quarta-feira, 1 de maio de 2013

NÃO VI, QUEM FOMOS.

O escroto ta cult.
Dá-lhe meu saco!
O escato que se faz nosso tempo
é o relato do verbo no vento.
Dissemina o efêmero.
Constrói o ruir.
Aritmética no chão,
orgia no coração.
Calam-se os discursos em nome de outros.
Vale a minha lei, a minha vontade,
a minha necessidade social.
E o resto que vá para o escambau.
Nossos princípios estão
nos versos de uma constipação.
Dure o que for suficiente
o mundo não é nosso
perdemos pra gente.





sábado, 23 de março de 2013

JANELA DE LUZ


E desde então não projeto meus sonhos,
não mais sei dos beijos roubados,
não mais vi finais felizes.

Meu breu não revela nenhum romance,
nenhuma trilha pede que eu dance,
nenhum roteiro passa por aqui.

Grão que se mostra no calor da emoção.
Lágrima que escorre com o sorriso na mão.
Só sei da imensidão dos meus dias de glória,
do passado onde fiz história
e das aventuras que vivi.

Meu brilho se faz nostalgia
e hoje sou apenas uma lembrança.
Sou rastro de um momento,
registro perdido no tempo,
palácio de minha memória.



Cine  Palace




terça-feira, 19 de março de 2013

O TEMPO DIZ

Eu contaria as verdades de outrora
fosse o tempo de outro dia,
fosse a luz e não Maria.

Eu falaria do que deseja o sonho
fosse a noite e não o dia,
fosse a brisa que não ia.

Derramaria noites de satisfação
tivesse o corpo n'alma,
tivesse mais a calma.

Mas tão somente apenas,
o tempo diz, daquilo que fiz.
Do que desconhecemos,
do que não temos,
das razões de ser,
e de a nós não pertencer.
E tão somente apenas,
o tempo diz.




terça-feira, 12 de março de 2013

JÁ!


A consciência em dor de ser outro dia,
de ser passado preso, de ser futuro ausente.
Atado ao preço de ser mistério.
Fugaz caminho de luz.

Aberto peito de sonhos,
rastro de nostalgia fazendo o presente.
Fadado ao lastro da vida.
Sendo reta e não curva.

Direção.
Seguindo o fluxo.
Imaginação.
Olhando certo.
Fascinação.
Ei-la lá.
Um dó lá si.
Já!

Poesia.





domingo, 3 de março de 2013

A NÃO-ROSA


Desconheço.
Eu desconheço suas razões
de permanecer imutável no processo,
de insistir em fechar os olhos
e só enxergar seu próprio egoísmo.
Carência inflada no ego.
'Se o mundo nada me dá
então tratarei de tentar perder tudo!
Tudo o que todos têm!
A paz, o amor, o sossego.
É meu instinto, é minha droga, é minha lei!
Estou cavando a solidão dos meus últimos dias.'
É o que ela está fazendo.
É o que ela constrói enquanto desarma tudo!
É o que ela está fazendo.
É o que ela transferi enquanto carrega tudo!
Sangue que não tenho.
Laço que perdi.





sábado, 19 de janeiro de 2013

AMNÉSIA DE AFETO

Paredes desconhecidas conectam,
repartições de histórias confundem,
conteúdo fantasioso incompleta.
Lastimoso caminho sem meta!

Limite do caos.
Falência múltipla do confiar.

Enfiadas goela abaixo
palavras vazias cheias de verdades
consomem o ar, inflamam!
A casa subiu! Você ficou!

Tu te tornas aquilo que inventas!
Tu semeares, colherás então!
Pessoa pequena, alma pequena,
laço criado em vão!