sábado, 28 de setembro de 2013

PARALELEPÍPEDOS

Uns poucos mesmos,
uns tantos prantos,
O de ontem, o de antes
e o de sempre.

Nada para relatar
ou constatar diferente,
apenas o indecente ruir
que me faz pedir, basta!

Cansei da correnteza
que leva para o mesmo lugar.
Cansei de frases sem sentido
na rua a vagar.
Cansei do perigo existencial
de noites mal seladas.
Confere ai. Confirma pra mim.
Cansei das pedras...
cansei das pedras, paralelepípedos...
Cansei das pedras!

Confie na dúvida
ela certamente é factual.




segunda-feira, 23 de setembro de 2013

RIMA QUE BROTA

Das novidades,
só as velhas vontades e dúvidas.
Os trechos de livros que não li,
os filmes e noites que perdi.

Tudo cheio de vazio
na correnteza do rio,
sendo feita dor e corte
história e vida.

Aceito o fardo, abraço leve.
Sorriso farto de quem é breve.

Não posso esperar
só quero o recheio
a parte do meio.
Do canto à berada.
A hora do recreio.
Flertar no caminho
a luz que imana
o acorde à nota
a rima que brota.

Das criaturas,
só as mesmas loucuras e mentes.
Entendendo as razões da jornada,
curando os desvios da estrada.

Mais um dia de harmonia.
Um dia a menos de dor,
mais uma noite de cor,
brindando merecida alegria



Parceria com João Tostes



sábado, 21 de setembro de 2013

DUVIDA

A dúvida.
O receio.
A Expectativa.
O sofrimento.
A vontade.
O desejo.
A paixão.
O olhar.
A razão.
O sorriso.
A necessidade.
O beijo.
A dúvida.




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ESTIVE APENAS

Fico querendo desvendar,
esperando descobrir,
qualquer pista ou indício
que explique esse meu vício
nesse nosso construir.

Estive apenas aguardando,
e sempre a procurar.

Por sobre fatos de rotina,
das idas e partidas,
qualquer coisa assim
que desperte o eu em mim
de querer beijar a vida.

Estive apenas sentindo,
e sempre a conspirar.

Penso no tino que ganho,
imaginando a poesia presente,
qualquer verso inverso,
ou sonho louco disperso
que revele você.

Estive apenas por aqui,
contando o tempo.








quarta-feira, 11 de setembro de 2013

APAIXONADO

Apaixonado pela vibe da vida,
pela menina do blues,
e talvez por nada.

Vou deixando o barco, no sentido correr.
Para que siga leve, voando por cima
e sem perceber.

Errar, quem nunca?
Recear, quem sempre?

Vou compondo as possibilidades
dentro dos desejos coletivos,
pra que a alma alimente o ser.

Complicando, incompreendendo,
errado, coeso, teimoso e vivo.

Dentro do que defini.
Fora do que perdi.
Além dos versos de outro dia,

apaixonado pela vibe da vida,
pela menina do blues,
e talvez por nada.




terça-feira, 10 de setembro de 2013

S2

Bastava uma porção de resposta.
Um olhar que confirme, ou
um gatilho na porta,
disparando todas as certezas.

Sobre as histórias que ainda não sei
gostaria de antecipar uns capítulos.
Desenrolar os desfechos,
abrir as possibilidades.

Na caixa de mensagens,
restava apenas abreviados sorrisos
num discurso particular.
E eu esperando um S2.
Frases soltas, possíveis deixas,
uma talvez real intenção de quem sabe
num aguarde o tempo.
E eu esperando um S2.
Por partes que desconheço,
ainda não posso afirmar minhas leituras
sobre os seus pensamentos e reflexões.
Portanto...





segunda-feira, 9 de setembro de 2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

TROCAS

Conto de encontro,
de quando em vez,
de tempo em prosa.
de vida em vento.

Lastro de rima,
de sempre em hora,
de vontade em ir,
de prosseguir.

Assunto que brota,
de sino que toca,
de ligeiro ponteiro,
de espera que espera.

Estágio da vida,
que aguarda o depois,
que opera no confiar,
que deseja.