domingo, 16 de junho de 2013

MEU PRESENTE SEMPRE AUSENTE

Às vezes sinto saudade do tempo em que o vento
simplesmente voava na terra e no rosto batia.
Por si só, viver era o bastante.
e ninguém mentia sobre os amantes.

Falar 'pum' era muito engraçado.
Te abraçava e não importava se estava suado.
Te sorria com lágrimas de algodão doce.
Te cantava sonhos pra que nunca se fosse.

Meu presente sempre ausente,
meu passarinho sabiá,
um segundo só perdido não há.
Meu tanta coisa que não cabe mais,
meu precioso tudo tanto faz,
perdia lá atrás, pequena infância,
agora tudo é maior que a esperança.
Minha querida e doce, criança.

Me esfolava inteiro mas escapava de todo mal.
Corria da sombra e não pisava em linhas.
Pra mim, bandido era o Pinguim,
dormir, tomar banho,... Era tortura pra mim!

Comer meleca era gostoso
e isso não me despertava nenhum nojo.
Catar pipa, correr, cantar e jogar bola.
Esperava todo dia que explodissem a escola

Meu presente sempre ausente,
meu passarinho sabiá,
um segundo só perdido não há.
Meu tanta coisa que não cabe mais,
meu precioso tudo tanto faz,
o sonho não acabou.
Simplesmente o que acontece
é que a gente esquece e cresce.



18/03-24/04/2008



2 comentários:

  1. Que poema lindo! Parabéns.
    Adorei o Blog.

    #JDComenta: http://jurandirdalcincomenta.blogspot.com.br/

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  2. Opa.. muito obrigado!!
    Que bom que curtiu! =)

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