Da banalidade do tempo,
só se fala em não se falar.
Só se sabe do que se precisa.
O puro latente desejo da carne.
A esquina que rouba o suor do ofício,
a prática de vida vazia e vício...
Clamam-se flores e amores de outrora
mas agora, não há tempo querida.
O asfalto guarda solo do verso,
a rotina automatiza as relações,
o mundo torto ficou reto
e poesia precisa abrir campo pra concreto.
O sentimento virou cimento
e o amor virou pó! Raro pó.
Todavia, se possível,
deixe um rastro de alegria
pra que o mundo tenha combustível
e faça sentido.
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