Avesso do que somos
seguimos no intento
de ser o tormento,
o fantasma invisível.
Tem ser
Debaixo do meu nariz
Humano
Que eu nunca vi.
Na marquise do coração
Dorme mendigo
Passa Maria
Passa João.
O olho cega.
A alma seca.
Gente vendo.
Gente pedra.
Veja-me gente.
Veja-me parte.
Há dor na flor,
no pedaço,
no reflexo.
Há dor em mim.
23/01/2015
(Hilreli Alves / Marcos Oliveira)
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