terça-feira, 17 de janeiro de 2012

UM TUDO DE POUCO

O que explica o sol nascer?
E o que explica eu ainda não te ter?
E quando o mundo vai se salvar?
E quando o chão vai levantar?

Rodam as rodas do destino
crescem os que ainda são meninos.
Batem no peito e cantam hinos,
refletem, reagem, seguem como suínos.

Não sei enfim, tenho medo de mim.
Não sei a hora de ser eterno.
Não sei pedir, nem vou mentir,
escrevo dias de amor fraterno
Quero dizer: não vou perder.
Com um sorriso farto e olhar sincero.
Um tudo de pouco espero.

Enxergando o que ninguém quer vê.
Apreciar a noite, esperando um E.T.
Afinal, dos loucos o que esperar
se não infinitos dias de luar.

Estamos de férias nessa vida
Estamos à espera de ferida,
marcas na pele menos sofrida
Olhando pra volta sem ida.

Um pouco de sal no meu doce.
Queria que a vida não se fosse.
Um pouco de mar no oceano
e mais uns dias pra esse ano.

Um tudo de pouco espero


06/03/2008-17/01/2011



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