A consciência de não possuir o tempo
me leva pra dentro, pra fora do espaço.
Num rastro de dor, felicidade, medo e desejo
dou gás ao ensejo da busca.
Construir jornadas.
Aplicar na estrada
os tropeços de mim.
Aceitar e entender as razões da vida,
de que é na ferida que se tem a cura.
Num poço de calma, respiro, plenitude e afeto
introjeto os caminhos da alma.
Construir jornadas.
Aplicar na estrada
os tropeços de mim.
Canta que eleva a alma!
Sinta que cresce a busca!
No transportar do vento
temos a certeza de que a natureza
é sábia, alinha os sonhos,
semeia caminhos no sopro que dá.
revela mistério, se faz encantar.
Constrói jornadas.
Aplica na estrada
os tropeços de mim.
As razões de ser
nos anseios de quem busca,
a vida que habita,
o deseja que se há...
A forma latente
que existe entre os seres,
a gota que escorre,
o suor que sorri...
A lágrima que fere
Nunca é tempo para ser adeus
Sempre é hora de ser como é.
A beleza de ser o que se é..
é na brincadeira de deixar ser,
ter a vida! Ter o mundo!
Mesmo que não seja pra ir, vá!
Na direção que se vai,
na levada que se tem!
Eu disse: "Ei, bom dia
por onde vai a vida tão cheia de si?
Tão consciente dos seus passos... ?"
A espera de uma esquina exuberante,
ela segue constante, inabalável desejo de ser revolucionária,
de possuir o desconhecido, o talvez.
Conta as horas, sabe os dias, precisa cada brisa que corre.
Ela não morre por fracassos, só desfalece por decepção
só perde o rumo quando perde a razão. Por onde passa deixa mistério...
Quem sabe o seu destino?
Quem sabe sua história?
Eles nem imaginam como termina,
só sabem que desconhecem..
e no desconhecer, continuam sonhando.
Desconversei, confesso!
Não disse nada que pudesse fazer sentido
aos seus ouvidos. Ao meus olhos, comuns!
Acreditei estar em outro barco.
Mas lá estava eu, remando em sua direção.
Olhei fixo, disperso!
Não quis evidenciar um possível perigo
ao que sinto. Ao que sente, intenso!
Pensei caminhar farto.
Mas lá estava eu, sedento em sua direção.
Desencontramos no tempo.
Mas deveria crer no fato de ele ser somente abstração,
de não comandar regra ou fato que cerque meu coração.
Tonight será sobre ontem,
e sobre nós. Today uma interrogação.
Me basta você! Me basta!
Menina, me basta!
Me basta você!
Enquanto fecho os olhos
correm as sombras por entre frestas.
O sabor do ócio, o viço da pele,
o encontro de um não saber
me faz perceber o quão pequeno
estou e sou diante do mundo.
Me perdi na distração de pequenos gestos
nas falhas e nos excessos.
É quando boto o pé no chão.
É quando enxergo que de fato não há razão.
Enquanto o silêncio restaura
escorrem lágrimas de um fracasso.
O pedir da mente, o brilho ausente,
os segredos que guardei pra te proteger me instrui, orienta e substitui me difere, me faz latente.
É quando boto o pé no chão.
É quando enxergo que de fato não há razão.
Algumas coisas já não servem,
outras já não cabem,
certas coisas se perderam,
outras foram levadas embora.
Algumas coisas eu não quis,
outras eu não pude,
certas coisas se apagaram,
outras foram levadas embora.
Hoje eu tenho a falta do que eu já tive.
Hoje eu tenho o que guardei.
Meus ponteiros não sabem
quanto tempo leva pra voltar a correr.
Algumas coisas estão presas, no que me resta.
Meus ponteiros já não sabem
se devem recomeçar!
Outrora é tempo de outro dia
E já não há como voltar.
Minha sorte é a consciência de que nada sei, de que os dias vão conforme a necessidade do tempo, de que o barco vai conforme o vento.
Ninguém conhece os caminhos por onde passei, só sabe do destino que agora me encontro, só sabe da frase que termina com ponto.
Reticências... Não sei do mundo! Não sei de verdades! Só sei da minha insignificância, da minha coragem em ter relevância, de fazer parte de algo que seja algo, por pequeno ou por maior... Eu faço parte!
Cerque-se de suas limitações, seus receios, suas definições,... Eu passarei ao lado
Maçã limpa a garganta
O menino escondido à noite canta
Quem acredita espera, sempre alcança!
Se criança come terra e tem esperança...
A bailarina canta e dança
enquanto a onça braba fica mansa.
No meu mundo não existe guerra, só festança!
E depois da tempestade vem a bonança.
No mar o ócio, lança.
A vida acorda esperta, balança.
Se tô com fome eu encho a pança
e se eu ficar de mau humor
muito me espanta!
Pular, correr, cantar,...
nunca me cansa
O Segredo da vida é ser
pra sempre uma criança!
Ando sem vocação para os dias
e uma preguiça sem fim me consome
sou eu, ou apagaram as luzes?
Ouvi dizer que quando a noite vem
e a lua brilha, é hora de fantasiar..
sou eu, ou a magia perdeu o encanto?
Sou eu e meu pranto.
Sou eu e a vontade de permanecer,
de fingir que posso ser forte e encarar,
de mentir que posso voar.
Sou eu e os erros que não dou jeito,
e o mundo torto que não aceito,
Vou ali dar um tempo pra mim.
Um tempo de fato, enfim.
Ainda se escuta,
embora o som esteja abafado,
como um passado escondido;
um passado negado.
Ainda se espera
embora a vida queira me fazer crer o contrário
como em fotos numa gaveta
ou um poster num armário
ainda há espaço,
ainda há um rastro.
Um novo abraço?
Retome da última faixa
tire o passado da caixa
eu espero sua próxima canção
de lendas, estrelas e histórias
promessas, lacunas e glórias
ou de qualquer outra linda estação
Afinal quem disse que pra seguir em frente
precisa mudar de direção?
Meu coração se fez alegria,
sua batida se fez pulsação,
ah quem me dera toda essa folia
fosse mais que somente um verão.
De espuma no chão a rua inebria,
a avenida desfaz em meio a multidão,
ah quem me dera toda essa folia
fosse mais que uns dias então...
Vou te jogar, vou me jogar,
vou me atirar no seu carnaval!
Nessa festa que escorre de tanta magia,
nossa fantasia e vestir alto astral.
Vou me pular, vou te saltar,
vou me embora no próximo trem!
Te espero aqui junto ao nosso bloco
onde só quem perde é quem não vem.
Ah se meu coração pudesse levar ao céu
as palavras, meus sonhos, queixas e confusões,
minhas novas e velhas versões
de um mundo louco que canto
sem espanto e sem olhar pra trás
Ah se eu pudesse voar mais alto
eu voaria, e sonharia, e beijaria
seus lábios como nunca beijei
E faria tudo o que sei
Porque o som que se faz,
e a luz que me trás,
é a música, a música.
Amanhã, costumo não querer mais.
Todo fundo tem um atrás.
E eu só vejo a música, a música.
Vai, eu deveria ao menos ter tentando.
Dizer como era bom estar ao seu lado.
E não tem uma só noite
que fecho os meus olhos e lembro dos seus,
feito um sonho tornando-se real.
E a única verdade
é que não me sinto bem,
sabendo que você se foi.
Tento te tirar da cabeça
mas pra cada lugar que olho
vejo que estou preso a você.
Tento me libertar.
Não sei pra onde ir,
nem o que fazer,
e a culpa é minha.
O sol levanta por volta das 6.
E eu, quando meus olhos me deixam.
Então sinto a luz da manhã
e a brisa, que por entre meus sonhos caminham...
Tantas questões, dilemas do ser,
fatos banais ao amanhecer.
Das noites mal dormidas
o que sei, é que ando cansado.
Talvez então me esteja faltando tempo
pro que ainda, nem posso imaginar.
E ainda tenho tantas perguntas.
Preciso descobrir, antes que apaguem a luz.
E não vale me dizer só o que deduz
Tudo me aflige,
porque tantos porquês?
Porque atiramos pedras em locomotivas?
Qual a razão de datas comemorativas?
E ainda tem todo o resto que nunca vou saber,
de tudo o que a vida apronta...
toda a inflamação do amor...
Só me faça um favor
Quando souber, então me conta?
Tenho páginas interessantes!
Recortes de uma opinião!
Enfio-as goela a abaixo
pra satisfazer o meu eu então.
Me aprove, quero me sentir dentro.
Me faça parte de algo satisfatório.
Me deixe sério como um relatório.
Quem sabe assim o mundo goste de mim?
Eu sei de coisas relevantes
Posso citar Buarque, Freud ou Platão
Diminuo o que está por baixo
para fazer-me maior ainda então.
Não me elimine! Não me extermine!
Posso ser a salvação da humanidade.
Posso ser o que resta para a posteridade.
Tem alguém me ouvindo ai?
Preciso me inserir no contexto.
Encontrar um pretexto
E enquanto exibir textos decorados
Estarei livre, salvo e curado!
Eu fiz de tudo pra ser o melhor
But I’m still besta! I’m still besta!
I’m sorry so much!
A inteligência tirei de um folhetim.
A filosofia é de porta de botequim.
Meu apurado gosto obtive assim
Evitando o popular, e fim.
Ui, eu sou Cult! (Ui, ele é do povão!)
Foco em ‘relax’, esqueça razão!
Eu preciso o tempo
Eu preciso os dias
só não o vento.
Eu sei voar nas tardes de sol.
Eu pesco sonhos sem anzol, sabia?
Eu espero você.
Eu espero conter
a loucura de viver.
Viajo no infinito das cores.
Conserto o desconcerto das dores.
Me perco quando me encontro
nos acordes de um violão.
Me vejo quando me acho
nos versos de uma canção.
Me confundo com um livro na mão.
Me expresso na razão, ou não
O que explica o sol nascer?
E o que explica eu ainda não te ter?
E quando o mundo vai se salvar?
E quando o chão vai levantar?
Rodam as rodas do destino
crescem os que ainda são meninos.
Batem no peito e cantam hinos,
refletem, reagem, seguem como suínos.
Não sei enfim, tenho medo de mim.
Não sei a hora de ser eterno.
Não sei pedir, nem vou mentir,
escrevo dias de amor fraterno
Quero dizer: não vou perder.
Com um sorriso farto e olhar sincero.
Um tudo de pouco espero.
Enxergando o que ninguém quer vê.
Apreciar a noite, esperando um E.T.
Afinal, dos loucos o que esperar
se não infinitos dias de luar.
Estamos de férias nessa vida
Estamos à espera de ferida,
marcas na pele menos sofrida
Olhando pra volta sem ida.
Um pouco de sal no meu doce.
Queria que a vida não se fosse.
Um pouco de mar no oceano
e mais uns dias pra esse ano.
Seu discurso hoje frio
como quem nada preenche,
ainda me desnorteia.
O silêncio dos que não dizem
fala da indiferença, do desprezo,
que outrora quase me fez crer
ser ou parecer outra coisa.
Enxurrada de palavras que agora
voam mundo a fora.
Correndo por aí.
E como imaginei.
Você e seu conto de fadas...
Era só o que pretendia.
Era só o que queria.
E quase fui convencido a fazer parte.
...Feche os olhos
me olhando nesse instante
Escreva rápido sua história
O relógio vai parar,
e antes ele corre arrasta tudo,
não espera nem o sapato calçar.
Queria olhar pra trás e te ver,
sorrir por sentir você ao meu lado.
Queria que a noite não chegasse
mas ela chega.
A luz me afaga.
Estive com você o tempo todo
e ainda estou.
Vai ser pra sempre assim.
Ainda que me falte o ar,
ainda que ainda qualquer coisa,
suba e desça o sol
quantas vezes ele quiser.
Dance comigo mais uma vez,
me abrace forte como sempre fez,
faz um bolo, cante cantigas pra mim,...
E antes que o dia tenha fim,
aceite o céu também.
Viva para todo o sempre! Amém!
Registros de um passado que vamos esquecer Frases, afetos e mágoas... e os sonhos, que um dia acreditei poder lutar. Mas, seus olhos me fizeram desistir.
Coisas que guardei numa pasta qualquer e que deleto no próximo backup... e o vazio, que selecionei pra longe de mim me invade, me deixando aqui sem ar
Quando acabar, apague a luz, feche a porta,... mas deixe um rastro numa fresta qualquer. E que o vento leve minhas aflições. Te espero ali na esquina quando tudo terminar... mas e a quem vou atribuir suas faltas? E suas mentiras, falhas, medos e ilusões? Culpado é o tal do tempo, jogando respostas ao vento.
Restos de um caso, suas memórias de você,... e o que mais não.. eu não sei dizer e agora, e agora?
Em poucos dias completo mais um inverno. O tom melancólico aparente, não trata do envelhecimento. Trata da perda! Trata daquilo que não posso mais tocar ou ver. Um simples abraço seu iluminava todo o breu, preenchia todo o vazio existente, sua alquimia deixava qualquer ausência de fome contente, bastava um pouco mais que dedicação, bastava um tanto ideal de coração... E pronto, sua presença me confortava, seu olhar me acalmava, me sentia seguro então. Enquanto relato, gosto de fechar os olhos, lembrando de todas as suas cores. E de repente os faço abrir-se, pra constatar se tudo é somente fantasia, e de fato é. De olhos abertos, suas cores agora se parecem um tanto gris, e só me resta a imensidão logo acima. Olho para o céu na esperança de poder talvez, sentir que de alguma forma está ali. Se alguém percebe, logo faço de conta que só admirava as estrelas. Às vezes, quando de noite acordo, confesso, gosto de fantasiar que tudo não passou de uma experiência noturna da minha imaginação, um sonho. Porém, sonho aqui não cabe. Quem sonharia com perder? Quem sonharia com o sofrer? Costuma-se dizer, que o tempo é o único remédio para amenizar a dor. Mas quanto tempo leva isso? Só sei que pra mim ainda não passou... Meu olhar cego não me deixou perceber o quão acolhedora era. Meus ouvidos surdos não me deixaram ouvir o que prudentemente me dizia. Todo o tempo que lhe dediquei, hoje parece insignificante diante do que já não tenho mais. Você era algo certo e permanente. Claro que ainda estaria ali para quando precisar, para quando então tivesse tempo de me dedicar, e de saber, e de ouvir, e de olhar, ou de só estar ao lado para te acompanhar em mais um capítulo da novela das seis. Mas todas as incertezas lá fora, não podiam ficar para depois. Elas precisavam ser naquela hora, ou podiam me escapar, me escorrer entre os dedos. Imagina, se vou deixar passar todo o maravilhoso e vasto mundo. No entanto, ainda nem tenho o mundo, nem sei se ainda dá tempo de ter, e ele nem me deu tudo o que me prometeu. Na sede de não perder o que a vida tinha a me oferecer, não percebi que você era uma dessas coisas incluídas no pacote. Ainda não descobri nem metade das respostas, ainda nem vivi tudo o que eu imaginava que poderia perder. Só não tinha imaginado ficar sem você. Agora, preciso aceitar que hoje você é somente uma lembrança, um caso que conto enquanto sinto uma gota escorrer, uma dia que lembro, um segundo de inquietação, que parece ter a força de fazer mudar todas as regras da ciência e da religião, pra simplesmente satisfazer e realizar um desejo egoísta, o de te trazer de volta. Mas o mesmo segundo que chega, passa. E então toco os pés no chão, e tudo volta ao que era. Quem dera fosse diferente, quem dera não estivesse ausente. Mais um inverno completo, mais olhar disperso, mais um aperto na alma, mais uma lágrima no chão.
"Antes que o dia tenha fim, aceite o céu também. Viva para todo o sempre! Amém."
Melhor que eu não te conte novidades,
Nem diga nada muito diferente,
Nem faça teorias sobre a gente,
Nem fale dessa angústia que me invade.
Melhor juntar palavras já testadas:
Amor, Saudade, Beijo, Despedida.
Um saco de figuras repetidas,
Tão gastas que já não te digam nada.
Pois só o que for extremamente fácil,
banal como as canções de amor do rádio,
Replay de algum clichê, lugar-comum Vai te mostrar o que é realmente raro vital como as canções de amor do rádio É alguém pra te dizer "I love you"
Melhor que eu não te conte novidades,
Nem diga nada, nada muito diferente,
Nem faça teorias sobre a gente,
Nem fale dessa angústia que me invade.
Melhor juntar palavras já testadas:
Amor, Saudade, Beijo, Despedida.
Um saco de figuras repetidas, Tão gastas mas que ainda dizem muito.
Pois só o que for extremamente fácil,
banal como as canções de amor do rádio,
Replay de algum clichê, lugar-comum Vai te mostrar o que é realmente raro vital como as canções de amor do rádio É alguém pra te dizer "I love you", "I need you", "I want you",...
E retratar a nossa vida,
Vai te deixar feliz e comovida
E te fazer igual a qualquer um
Este soneto fez parte de um concurso promovido pelo cantor Leoni em seu site, fiz alguns pequenos acréscimos na letra para adequá-la a melodia que criei. Minha versão não foi a vencedora do concurso mas gostaria de dividir com vocês esse momento muito importante e decisivo em minha vida . Não fosse o Leoni não estaria cantando , escrevendo, compondo,... Oportunidade muda tudo!
Pelas vezes que quase casei contigo...
Pelas que quase dançamos sem música...
Pelos desejos que quase sussurramos...
Pelos momentos que quase eram só nossos...
Pelos projetos que quase concretizamos...
Por quase tudo e por quase nada...
Do tanto que quase fizemos,
se quase não chegamos a fazer
de tanto que quisemos...
Tu não tens culpa afinal...
Eu já sabia que tudo era como era
e que tudo era só quase...
...Mas agora faço o que com tantos quase's?
...Agora eu quase durmo... quase como... quase sobrevivo...
Nem sempre o fim esta no lugar que esperamos...
Sinto o inverno aqui dentro a tomar conta do espaço.
Pequenos crimes sem desculpa...
Pequenas mágoas e grandes fantasmas...
Emoção não programa esquecimento
não marca data pra se auto destruir
Você se distrai e ela acontece, ela começa,
e se piscar os olhos ela termina.